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    Qual é o melhor medicamento para depressão?

    Com a ajuda da farmacogenética, é possível saber quais medicamentos serão mais efetivos para cada indivíduo com transtorno depressivo

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 19/07/2022, às 16:17 - Atualizado em 20/07/2022, às 10:26
    Foto: Shutterstock

     

    Não ter forças para levantar da cama, não sentir vontade de comer (ou comer demais), apatia, dificuldades para realizar as atividades simples, como tomar banho, e não conseguir mais se concentrar. Estes são alguns sintomas da depressão, doença mental que atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

    Agora, imagine procurar ajuda médica, iniciar um tratamento medicamentoso e mesmo assim não conseguir ficar bem? Estima-se que de 30% a 50% das pessoas não respondem adequadamente ao antidepressivo inicial – sendo que 15% ainda apresentam pensamentos suicidas.

    Nem sempre é fácil encontrar um antidepressivo adequado e eficaz. Para se ter uma ideia, atualmente, existem mais de 200 medicamentos disponíveis para o tratamento de transtornos depressivos. Porém, a probabilidade de falha terapêutica é de aproximadamente 50%.

    Mas por que isso acontece? A resposta pode estar na genética. Estima-se que os genes sejam responsáveis por 40% a 50% da variabilidade da resposta e toxicidade dos antidepressivos. Além de não apresentar melhora, a pessoa pode ter efeitos colaterais e, muitas vezes, abandonar o tratamento.

    PharmOne: teste genético define qual é o melhor antidepressivo para você

    Atualmente, os exames genéticos avaliam as alterações no DNA e interações medicamentosas capazes de interferir na resposta dos fármacos. Dessa forma, o psiquiatra consegue prescrever um antidepressivo mais eficiente.

    Entre eles, está o PharmOne, o único teste farmacogenômico – que associa a variabilidade genética à resposta de cada indivíduo a um medicamento – que também leva em consideração os hábitos de vida da pessoa.

    Oferecido pela GeneOne, empresa de genômica da Dasa, o exame analisa a condição de saúde do indivíduo, se ele ingere medicações para outras doenças, como diabetes, e como isso pode afetar a eficácia do tratamento para a depressão.

    Como funciona o PharmOne?

    Além de examinar o DNA, o exame considera o perfil metabólico do indivíduo, incluindo todas as variáveis que influenciam na forma como o corpo responde às medicações.

    O teste é realizado por meio de uma simples amostra de sangue ou saliva. Com essa coleta, são analisados os genes responsáveis pela produção de enzimas que metabolizam os medicamentos. Em seguida, a pessoa adiciona, em uma plataforma virtual, informações sobre uso de medicamentos, estilo de vida e hábitos de consumo.

    O exame aponta, de acordo com o perfil metabólico da pessoa, como o organismo reagirá com a ingestão de cada medicamento. Dessa forma, identifica-se a medicação mais adequada, assim como qual a dose deverá ser administrada, para evitar efeitos colaterais.

    Vale ressaltar que somente um médico pode avaliar se há indicação para solicitar o teste ou não. Por isso, a importância de contar sempre com o acompanhamento de um profissional.

    Fonte: Leandro Brust, head de farmacogenômico da GeneOne

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