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    Adultos podem se vacinar contra HPV?

    Imunizante deve ser aplicado e está disponível no SUS e na rede privada

    Por Raquel RibeiroPublicado em 31/08/2022, às 17:41 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:47
    Foto: Shutterstock

    Um imunizante e diversos benefícios. Trata-se da vacina quadrivalente para HPV, fabricada para prevenir os tipos de câncer que se tornam mais frequentes em pessoas que tiveram contato com o Papilomavírus Humano. 

    Feita com pedaços (proteínas) do vírus e aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a vacina quadrivalente protege contra quatro subtipos de HPV: 6, 11,16 e 18. Cada um deles é responsável por causar tumores diferentes no corpo. 

    Os subtipos 16 e 18, por exemplo, estão relacionados ao desenvolvimento do câncer de colo de útero, vagina, vulva, pênis e câncer anal. Eles também são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

    Já os subtipos 6 e 11 são os que causam as verrugas genitais, tanto em homens, quanto em mulheres – lesões que podem, eventualmente, evoluir para um câncer.

    Para se ter uma ideia, a estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que existam de nove a 10 milhões de infectados pelo vírus do HPV somente no Brasil. 

    Embora seja recomendada para a aplicação na infância e no início da adolescência, na fase adulta a vacina também tem seu valor.

    A vantagem de tomar a vacina, mesmo depois de adulto, é que há uma redução de risco para lesões pré-cancerígenas e verrugas genitais – ou seja, feridas que podem evoluir para um câncer, mesmo se o indivíduo já tiver sido exposto ao HPV. 

    +LEIA TAMBÉM: Vacina HPV: tudo que você precisa saber

    Calendário de vacinação

    O Ministério da Saúde recomenda e disponibiliza a vacina no SUS (Sistema Único de Saúde) para os seguintes públicos:

    • Meninas de 9 a 14 anos;
    • Meninos de 11 a 14 anos;
    • Homens e mulheres com HIV/AIDS, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos;

    Contudo, conforme informado anteriormente, a vacina é indicada para todos os homens e mulheres adultos até os 45 anos. Isso porque existem diversos tipos de vírus HPV e, dessa forma, é possível que a pessoa adquira imunidade contra um subtipo diferente daquele do qual ela ainda não teve contato.

    Ou seja, se você teve contato com o subtipo 6, que causou uma verruga genital, ao tomar a vacina você pode se proteger contra o subtipo 16, que ainda não teve contato, evitando, de repente, o desenvolvimento de um câncer de câncer de colo de útero, por exemplo.

    Para este público, o imunizante se encontra disponível somente na rede privada.

    +LEIA TAMBÉM: Câncer de colo uterino e vacinação contra o HPV

    Contraindicações e efeitos colaterais

    A vacina de HPV não é recomendada para idosos, uma vez que a indicação na bula é prevista para o público de até os 45 anos. Além disso, as gestantes também não devem receber a aplicação da vacina pois não há estudos suficientes que comprovem a segurança nesta situação.

    Os relatos de efeitos adversos são considerados leves, como dor no local de aplicação (na parte superior do braço ou superior da coxa) e vermelhidão. Outras pessoas costumam se queixar de dores de cabeça, tontura e fadiga.

    Fontes: Fernanda Schier de Fraga, ginecologista e obstetra e professora da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR); Angélica Nogueira Rodrigues, oncologista e membro da diretoria da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica). 

    Referência: INCA

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